Além do Bem e do Mal: A Descrença nas Leis Eleitorais e os escrúpulos derrotista da esquerda

A princípio, o que estamos presenciando ao vivo é as instituições interferindo abertamente na justiça eleitoral no Brasil e em outras partes do mundo e feijoada!. É oficial: É o fim da crença nas instituições eleitorais no capitalismo. 

Pondo isso em cheque, precisamos refletir: entraremos na disputa eleitoral presos às correntes da moralidade, ou apelaremos a uma justiça divina, que, ao que tudo indica, também nos abandonou?

A verdade é que, diante da crise cíclica do capitalismo, o estado burguês aciona sua máquina com cada vez mais intensidade.

Por outro lado, a esquerda anti-hegemônica enfrenta o desafio não apenas das estruturas, mas de uma moralidade abstrata imposta pela racionalidade de seus grupos.

Vamos encarar os fatos, companheiros progressistas e camaradas: não se ganha eleições com moralidade. Não existe justiça eleitoral neutra; as instituições vão sempre inclinar a balança para o outro lado. E então, o que nos resta?

A verdade, a racionalidade e a moralidade são o suficiente para mobilizar a classe trabalhadora? Parece que não.

Vamos de exemplos?

 Em São Paulo, Pablo Marçal cometeu todos os crimes eleitorais possíveis e a justiça eleitoral finge que nada aconteceu, afinal ele perdeu não é mesmo? E se tivesse ganho?

Além disso, Tarcísio de Freitas meteu uma fake News no dia das eleições, crime eleitoral! O que aconteceu? Nada.
E o que sobrou para Boulos a não ser a moralidade e a verdade?

É necessário questionar o seguinte: Se mesmo um partido progressista se endireitando no jogo da política liberal foi alvo de ataques e crimes eleitorais de todos os lados, imagina um partido que luta por reformas radicais?

Será que devemos continuar jogando na moralidade, no endireitamento do discurso enquanto nosso povo é coagido constantemente pela ideologia neoliberal?

Será que vamos nos contentar com esse vazio. enquanto vemos nossos algozes tripudiando de nossos cadáveres, usando todas as mentiras e impunidade para vencer as eleições e que de fato, eles realmente vencem?

Vamos refletir sobre como entramos no jogo democrático?

Para quem é, diariamente, condenada pela injustiça social não existe moralidade ou razão que preencha esse vazio que atormenta sua existência.

A desmobilização não vem das pautas identitárias, mas da falta de escrúpulos da oposição e da nossa apatia que precede da revolta.

E no final quer saber? Eles estão certo, somos muito escrupulosos e eles sabem disso.

Nosso inimigo usa espada em uma luta de boxe, dá tiro em uma batalha de esgrima.

Só o que nos resta é defender a ilusão de uma democracia que sequer existe.

 Falta ser mais vil, jogar sujo mesmo, afinal, existe justiça? Se não há justiça, não existe leis, se não existe leis, tudo é válido.

A esquerda precisa ser mais ousada se quiser vencer. De que serve ter escrúpulos e perder? Por que seguir “nas quatro linhas” enquanto o adversário está disposto a ir além?

Não sei vocês, mas hoje, eu não condeno mais nenhuma ação inescrupulosa de nossos camaradas. Que triunfar no jogo eleitoral? Quer avançar no controle da narrativa? Vamos para tudo ou nada

Quem não tem nada a perder, não teme a vitória.

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