A história ensina algo?

Quando decidi estudar História, primeira lição que aprendi na Universidade foi: “estudamos o passado para entender o presente”. Essa frase fez muito sentido para mim, pois percebi que a História não é apenas um relato de eventos, mas uma ferramenta essencial para compreendermos nosso contexto e evitar repetir os erros do passado.

No entanto, atualmente, há um movimento que busca apagar a história e deslegitimar a ciência histórica. O objetivo? Manter a ideologia dominante, esmagando grupos marginalizados para preservar a hegemonia de poucos.

Um exemplo recente é o aceno nazista de Elon Musk, que tem sido minimizado por grupos conservadores, liberais e de extrema direita. Esses grupos tentam proteger uma ideologia que, liderada por homens brancos, ecoa práticas do passado que levaram ao horror do regime nazista.

É crucial lembrar que, na década de 1930, os judeus eram os alvos da culpa pela crise econômica. Hoje, esse foco pode facilmente se deslocar para imigrantes e a comunidade lgbtqi+, apresentados como ameaças à economia e à “família tradicional”. A mudança de alvo pode ser rápida, mas a ideologia de supremacia e a eliminação do “inimigo” continuam intactas.

Esse fenômeno está ligado ao ciclo capitalista de crises, que cria a necessidade de um inimigo para desviar a atenção da classe trabalhadora. Em vez de reconhecer que as contradições do capitalismo são a verdadeira origem de seus problemas, muitos se voltar contra grupos vulneráveis.

A história, como nos anos 30, tende a se repetir quase 100 anos depois. E o que aprendemos com isso? Que as pessoas que amamos — amigos, irmãos, tios — poderiam muito bem ter apoiado a escravidão ou o nazismo se tivessem vivido na época “certa”.

Somos todos frutos da história, porém podemos estar colhendo frutos amargos que ameaçam nossa existência.

Por fim, daqui a cem anos, quando seus netos e bisnetos abrirem os livros de história, se ainda tivermos um futuro pela frente, de que lado você quer que sua história esteja? Seremos lembrados como aqueles que escolheram a enfrentar um genocídio ou de quem bate palma para ela?

Conto com você!

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