
A fake news sobre o Pix, disseminada de forma organizada por bolsonaristas, é apenas um sinal do que está por vir. A origem dessa desinformação foi um vídeo do ministro Fernando Haddad, postado pelo deputado Osmar Terra (MDB-RS), que questionou: “Isso é verdadeiro? Ou é fake feito com inteligência artificial?”. Essa dúvida, claramente não genuína, visava espalhar o vídeo como se fosse verdade e proteger o deputado de possíveis processos.
Com o aumento do uso de inteligência artificial e a aliança das grandes empresas de tecnologia com a extrema direita, a guerra da informação está apenas começando. Historicamente, os Estados Unidos utilizavam métodos tradicionais (bombardeio e ocupação militar) para controlar suas colônias, mas hoje, sua principal arma são as redes sociais, que, da mesma forma, bombardeiam a desinformação e ocupam por meio de big techs para alcançar seus objetivos.
Estamos nos preparando para o cenário de 2026, onde o Partido dos Trabalhadores (PT) enfrentará um grande desafio: defender-se das ameaças digitais que devem influenciar diretamente às eleições de 2026. A tempestade de desinformação sobre urnas, inteligência artificial e a atuação das big techs está formando uma batalha difícil de se combater.
Diante dessa situação, será que o Brasil terá estrutura suficiente para resistir à avalanche de fake news? Uma alternativa seria restringir o uso das redes sociais para proteger a soberania nacional e desenvolver plataformas próprias. A China, em 2009, conseguiu se desvincular do Facebook, percebendo a importância de controlar seus dados.
Porém para conseguir tal feito, a China teve que fazer uma revolução em 1940, diferente do Brasil, que continua sendo colonizada e explorada por países do centro do capitalismo.
Vale a pena ressaltar, que estamos vivendo uma nova guerra fria, agora tecnológica, onde o Brasil se tornou refém de uma tecnologia que, inicialmente, parecia destinada a melhorar a vida, mas agora ameaça sua segurança e soberania.
Atualmente, estamos imersos em um conflito do qual não sabemos como nos defender e não temos certeza de onde isso irá nos levar.